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Pós-Parto: Dar colo ao bebé, dar colo a nós mesmas.

Published on Outubro 25, 2024

Quando nascem, os nossos bebés trazem consigo a expectativa de continuidade, não de separação. Nascem com a expectativa de contacto, movimento, segurança, alimento, tudo isto quase de forma contínua, como acontecia dentro do útero.

Após o nascimento, e nas primeiras semanas, este é o tempo da máxima necessidade do bebé. Sozinho, ele não sobreviveria, e não estamos a falar apenas de segurança e alimento. Falo da necessidade de regulação.


Por vezes, atordoados por uma realidade tão diferente daquela que tinham no útero, os nossos bebés pedem‑nos ajuda: muitas vezes para poderem voltar a um estado de regulação que lhes permita adormecer, alimentarem‑se ou até ficarem acordados, mas tranquilos.

Os braços da mãe, ou do adulto cuidador, são a almofada entre o bebé e o mundo. São o que lhe permite fazer esta transição, sem que ela seja demasiado hostil. A mãe e o pai apresentam o mundo ao bebé lentamente e fazem‑no na segurança do seu aconchego.

Quando o bebé nasce, este é o trabalho mais importante que podem ter. Mas alimentar, cuidar e acalmar um bebé recém nascido é também um trabalho muitas vezes ainda mais exaustivo do que esperávamos.

É por isso que temos de olhar para o pós parto também como o tempo da máxima necessidade da mãe (e do pai), embora não pelos mesmos motivos do bebé.

No primeiro trimestre passará muito tempo com o seu bebé em braços.

A alimentá‑lo, a embalá‑lo, a acalmar o seu choro. Não, não está a fazer nada de errado ao dar colo ao seu bebé, pelo contrário. Mas será que estão preparados para dar um pouco de colo a vocês próprios?

Preparem o vosso pós parto ainda na Gravidez!
Três dicas muito simples para cuidar de si neste período exigente:

Durma quando o bebé dormir: de dia e de noite. Até cerca das 8‑12 semanas, mas principalmente no primeiro mês e meio, o seu bebé vem ainda com um ritmo ultradiano, o que significa que poderá dormir de forma fraccionada, seja de dia ou de noite. A maturidade fisiológica ajudará a dar a regulação para o dia/noite ao seu bebé mas, no imediato, guardar as suas necessidades de sono contínuo só para a noite não é boa ideia.  Durma também pequenas sestas ao longo do dia. Isto é fundamental para que possa estar, pelo menos, em igualdade de circunstâncias com o seu bebé.


Coma frequentemente
. Não guarde a sua alimentação para os momentos das refeições principais. Poderá não conseguir faze‑las e, além da fome, é provável que sinta mais irritação, desespero e cansaço… tudo isto porque, simplesmente, está em jejum! O equilíbrio dos níveis de glicémia maternos é fundamental para que a mãe se sinta bem ao longo do dia. Tal como o seu bebé se alimenta frequentemente nas primeiras semanas,

também a mãe deverá faze‑lo, praticamente com a mesma frequência.

Não guarde as suas necessidades todas para o sono do seu bebé:  Muitas mães desesperam porque o seu bebé só dorme 15 minutos de cada vez durante o dia e isto não lhes dá tempo para tomar um duche ou para comer. O equívoco começa em reservar todas as suas necessidades para quando o bebé dorme, porque em muitos bebés esse é precisamente o momento em que ele mais precisará da mãe por perto. Quase sempre os bebés dormirão bem mais do que os 15 minutos se estiverem com a mãe ao lado. Essa continuidade vem dos mecanismos de feedback do sono entre mãe e bebé que são reguladores e, inclusive, ensinam continuidade do sono ao seu bebé. As sestas conjuntas, lado a lado, permitem que mãe e bebé descansem. Por outro lado, se o sono do bebé está a ser um problema, o truque está em conseguir que a mãe possa comer e fazer as tarefas básicas para o seu bem‑estar, enquanto o bebé está acordado, para que possa então sair deste padrão de sono interrompido e trabalhar a continuidade.

Constança Cordeiro Ferreira
extraído e adaptado de “O Livro de Magia das Mães” (Clube do Autor, edição 2024)

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Estou grávida – paro de treinar ou devo começar?

Published on Outubro 25, 2024

A gravidez e o exercício físico levantam sempre muitas questões. Inês Guimarães, fisioterapeuta especializada em Exercício na Gravidez e Pós Parto, regressa para desmistificar todas as dúvidas nesta fase tão importante na vida da mulher.

Para iniciar uma rotina de exercício na gravidez, é imprescindível não considerarmos as rotinas antecedentes a este momento. A partir da rotina de exercício que cada mulher praticava antes de engravidar, é criada uma nova com foco na gravidez e no seu bem-estar.


O primeiro passo para iniciar uma rotina de exercício na gravidez é confirmar com o seu médico se existe algum fator que a obrigue a ter cuidados especiais ou mesmo repouso numa fase inicial da gravidez e/ou verificar se o exercício é compatível com algumas alterações corporais naturais no primeiro trimestre como os enjoos, muito cansaço ou tonturas.

Nesta fase existem algumas adaptações a fazer para que o exercício seja seguro, confortável e agradável para a mãe:

  • – Se praticava um tipo de exercício intenso, com utilização de cargas e com impacto, como são exemplo a corrida, o crossfit, o treino localizado forte ou algum tipo de dança com saltos e movimentos rápidos, é necessário diminuir a intensidade, a velocidade e a carga aplicada.
  • – Se já praticava exercício com intensidade moderada, por exemplo, pilates, ioga, natação ou treino localizado leve, poderá ser possível manter essa rotina, pedindo ajuda aos profissionais que o acompanham para fazer as adaptações necessárias, sentindo e tendo consciência dos novos limites e necessidades do seu corpo.
  • – Se não estava a praticar exercício regular antes da gravidez, as recomendações para iniciar uma rotina de exercício são que o faça de forma acompanhada e específica para a mulher grávida.

Estas são recomendações gerais, que cada mulher deve adaptar a si, guiando-se sempre pela forma como se sente durante e depois de qualquer tipo de prática que escolha. Algumas mulheres sentem-se mais seguras em aguardar pelo segundo trimestre para praticar exercício.

Se for esse o caso, pode ir fazendo alguns alongamentos básicos e caminhadas ligeiras para se manter ativa enquanto os níveis de energia aumentam e as alterações iniciais estabilizam. Neste período, tem tempo para ir escolhendo o tipo de atividade e os profissionais que a podem acompanhar ao longo da gravidez.

Artigo por, Inês Guimarães, Fisioterapeuta no Centro do Bebé Lisboa (OF 6904).

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